“Então, partiram dali aqueles homens e foram para Sodoma; porém Abraão permanecer ainda na presença do Senhor.” Gênesis 18: 22

Abraão e seu sobrinho Ló se separam, um segue para as campinas verdes de Sodoma, o outro nas terras de Canaã. O Senhor e dois anjos visitam a Abraão e lhe dão um presente: o cumprimento da promessa de um filho à Abraão. Mas no fim da visita desses hóspedes, o Senhor lhe revela o que irá acontecer com Sodoma. Abraão lembra-se de seu sobrinho Ló. Mas escuta em silêncio o relato do Senhor quanto à destruição de Sodoma e Gomorra. Deus não quer fazer morrer o justo com o culpado, mas os homens não queriam se arrepender e nem dar ouvidos à Sua voz.

Abraão fica em silêncio... Abraão permanece assim na presença de Deus. Permanecendo em adoração, consciente de que Ele é o Deus Vivo, Deus Santo e Justo, mas que não gosta do pecado. Ama, sim, o pecador.

Deus agiu na vida deste grande servo dele, dando-lhe: um filho, uma descendência tão numerosa quanto às estrelas do céu e Sua Presença constante na sua vida. Deus deixou marcas na vida de Abraão, que as usou para abençoar a outros. Uma dessas marcas é o da adoração. Não é fácil adorar ao Senhor em meio às lutas, quando estamos em dificuldades, doentes, sofrendo perseguições. Se torna fácil em meio aos momentos alegres, mas não deve ser assim. Não deve ficar esta adoração somente nestes momentos. Diz o Pr. Davi Gomes em seu livro “Um Judeu chamado Abraão”, que Abraão nunca construiu casas, mas sempre construía uma tenda e um altar.

Nos dias de Abraão o altar era símbolo de adoração. Ele adorou em todas as circunstâncias, nos ensinando que se quisermos permanecer na presença de Deus precisamos agir como ele agiu: adorar diante de qualquer situação.

Ele não deixou de olhar para o Deus Vivo, mas adorou:

I) Mesmo quando os cananeus estavam dominando a terra, ele adorou (Gn.: 12: 1-8). A terra que Abraão peregrinava era dominada por um povo idolatra, pagão, que certamente o hostilizava por ser diferente. Deus aparece à Abraão com uma mensagem animadora, mas ao mesmo tempo impossível: dar a Abraão aquela terra que era habitada por povos organizados, estruturados. Tudo contribuía para que desistisse, para que murmurasse. No seu lugar, você murmuraria? Abraão adorou, construiu um altar e adorou ao Deus Vivo.